Meu trabalho tem como meta estabelecer um equilíbrio de sonoridade que sirva de estímulo para o desenvolvimento do flautista. Dentro desta proposta gosto de construir um instrumento com riqueza de timbre e homogeneidade e que permita boas possibilidades técnicas para execução.
Faço flautas não para entregá-las já desenvolvidas, e sim para que seja moldada de acordo com o clima local e à maneira de tocar do flautista.
Um instrumento novo precisa ser adaptado ao modo de tocar do flautista e vice-versa, é o processo de amadurecimento da madeira, algo completamente natural, pois a fibra da madeira aos poucos vai se “moldando” de acordo com a temperatura, umidade e pressão. Isto tudo estimula o processo de amadurecimento da flauta e do músico. Este é aquele momento em que é preciso trabalhar a sonoridade, saber tocar conforme o instrumento pede, sentir seus limites, etc.
Gentileza ver maiores detalhes no link “Dicas de uso”. Considero a “lutheria” como um processo de cooperação entre o construtor e o flautista, ou seja, eu faço o instrumento e o flautista “amadurece” o mesmo, ou o “satura”, para que meses depois a flauta retorne para eu realizar a manutenção de acordo com a necessidade. Assim se segue o ciclo para gerarmos um bom instrumento.
Prezo pela qualidade, seguindo as características dos instrumentos originais e adicionando elementos do meu gosto pessoal, e simpatizo a idéia de fazer instrumentos que estimulem a atividade de criação por parte do músico.